De origem francesa, da palavra rapporter, no seu sentido literal, significa “trazer de volta” ou “criar uma relação”. Numa linguagem conotativa, o conceito tem origem na psicologia e é utilizado para designar a técnica de criar uma ligação de empatia com outra pessoa.

O objetivo é gerar confiança no processo de comunicação, para que esta fique mais aberta e recetiva, facilitando ainda a interação, a troca de informações, sobretudo com menos resistência.

Um dos comportamentos identificados e modelados pelos criadores da PNL Richard Bandler e John Grinder chama-se rapport. Os dicionários definem rapport como um relacionamento caracterizado pela harmonia, similaridade ou afinidade. O que significa desenvolver consciente e inconscientemente, relacionamentos caracterizados pela concordância, pelo alinhamento de ideias e pelas semelhanças verbais e não verbais. Ao experienciarmos a sensação de “apreciação” em relação à pessoa, permite-nos estar num estado de Rapport com ela.

Existem duas formas de olharmos para outra pessoa. Podemos escolher enfatizar as diferenças entre nós, ou enfatizar as semelhanças dos assuntos que estamos a partilhar.  É importante destacarmos os dois níveis mentais que operam simultaneamente em qualquer comunicação e relacionamento: o consciente é o inconsciente.

É a nossa mente consciente que deteta as diferenças e que nos faz ficar excitados ou curiosos por novidades e coisas diferentes, mas estes impulsos são facilmente superados e dominados pela mente inconsciente. É Ela que deteta a semelhança que nos faz procurar analogias em todas as situações na vida e porque coisas familiares nos dão sensação de bem-estar e segurança.

Portanto, uma viagem a lugares exóticos em qualquer parte do mundo excita a mente consciente e mesmo que estejamos a gostar destes lugares e experiências novas, há sempre um imperativo interior que nos leva a procurar coisas e situações familiares. E esta é uma das razões pelas quais nos sentimos bem quando encontramos nesses lugares pelo mundo fora, alguém conhecido ou um compatriota. É por isso que nós sentimos mais motivados a conversar com alguém que tenha algo em comum connosco, do que o contrário.

Portanto para alguém que enfatize as diferenças num relacionamento será muito difícil conseguir o rapport, mas se enfatizar o que se têm em comum, as resistências e antagonismos acabam por desaparecer.

Expandir a sua própria identidade com os outros é como fazer uma viagem, e o seu horizonte fica mais alargado. Como dizem os mestres chineses “é dos lugares mais altos que se vê mais longe”. Aquele que tiver mais habilidade de ver e interagir com o mundo de diferentes formas, estará no controle da situação. Expandir a sua própria identidade com outras pessoas é ampliar os seus horizontes pessoais e compreender melhor o que acontece com perspetiva maior.

Segredo do Rapport: Espelhamento ou Acompanhamento

Estabelecer Rapport é uma forma de encontrar na outra pessoa o seu modelo de mapa mundo. Uma das estratégias mais poderosas para se estabelecer um vínculo de rapport foi modelado pelo Dr Milton Erickson. O Dr Erickson era conhecido como o maior médico hipnólogo do mundo, sendo capaz de lidar com clientes mais resistentes e difíceis tendo em seu currículo quase 30.000 pessoas hipnotizadas com sucesso, e a técnica que Ericsson usava era conhecida como espelhamento.

Espelhamento, neste contexto, significa encontrar na outra pessoa onde ela está, refletir o que ela sabe ou aceita como verdade, ou acompanhar partes de sua experiência ou fisiologia do momento. Espelhar, portanto, é uma técnica específica para se estabelecer um vínculo de harmonia com praticamente qualquer pessoa. Obtendo o rapport, cria-se um estado em que as pessoas se sentem mais dispostas a reagir favoravelmente ao que fazemos ou falamos, o que torna um relacionamento mais positivo e recetivo.

Normalmente, o que ocorre nos nossos dias, é que as pessoas estabelecem o rapport num nível inconsciente, isto é, não sabem como o conseguiram. Modelando o Dr Erickson, Bandler e Grinder proporcionam atualmente técnicas científicas que nos permitem criar consistentemente este clima de rapport, que é a condição fundamental para qualquer comunicação bem sucedida.

Como espelhar e acompanhar: ritmo, volume e tonalidade da voz

A tonalidade, assim como o volume, pode ser alta ou baixa, o ritmo pode ser rápido ou lento, com ou sem pausas. Como a maioria das pessoas é totalmente inconsciente do seu próprio ritmo e volume vocal, elas não percebem quando estão a ser espelhadas. não é preciso espelhar a voz com exatidão, mas apenas num nível suficiente para que a outra pessoa se sinta compreendida.

Se o seu ritmo, volume ou tonalidade forem muito diferentes dos da outra pessoa, vá ajustando-os com muita calma. Não faça mudanças súbitas na voz, mas pequenos e discretos movimentos para se ajustar ao ritmo volume e tonalidade da voz do interlocutor, fazendo isto lentamente aos poucos você será elegante e sutil, o que aumentará muito a sua eficiência.

É fácil aprender isso, o primeiro passo é ter consciência dos diferentes ritmos da fala das pessoas à sua volta, exercitando o espalhamento num lugar e num momento seguro procurando falar no mesmo ritmo, volume e tonalidade.

Procurar conexões

Para convivermos bem em família, no trabalho, com amigos e na vida amorosa, é preciso compreender o universo de cada um. Por mais que, às vezes, pareça que não se tem nada em comum com a outra pessoa, tente encontrar qualquer informação que os conecte.

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Aqui vale tudo! Em tempos de internet, é muito improvável que você não encontre no Linkedin, Facebook, Twitter ou Instagram algum dado que possa servir como elo de ligação entre vocês.

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